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Para além da tristeza: o Transtorno Depressivo Maior

Atualizado: 5 de nov. de 2020

O que é depressão? Como é feito o diagnóstico? Posso tratar a tristeza?

Na vida temos muitos momentos tristes, momentos dos quais imaginamos estarmos só, como se ninguém mais nos entendesse, e nos faz esquecer todos os momentos felizes que já vivemos. Esses momentos podem ser momentos de perda, de despedida, de falecimento, de reprovação, de rejeição, de demissão, de auto-estima baixa, de briga, de desentendimento e muitos outros momentos.

É normal e da natureza do ser humano sentir tristeza e se sentir para baixo de vez em quando. Assim como a felicidade, a tristeza faz parte da dualidade do ser humano e ambos devem ser sentidos profundamente. Para muitos, talvez seja impensável que tristeza e positividade possam ser colocadas em uma mesma frase sem estarem em lados opostos. A verdade é que é completamente possível se sentir triste e, ainda assim, enxergar cada situação sob um viés positivo. Para isso, basta que, quando algo ruim acontecer, se permita, sim, sofrer, porque as emoções precisam ser sentidas. Como bem disse Carl Gustav Jung, a palavra felicidade perderia seu significado se não houvesse o equilíbrio em relação à tristeza. Essa dualidade universal é fundamental para que possamos nos sentir vivos.

Porém, quando esta tristeza passa a ser patológica e diminui a capacidade de uma pessoa manter suas atividades normais, estamos indo para além de uma tristeza e entrando na tal chamada “depressão” que para a psiquiatria, se traduz como Transtorno Depressivo Maior. Como qualquer doença, é fundamental a presença de um número de sintomas em um determinado tempo e é preciso consultar com um psiquiatra ou um psicoterapeuta especializado para definir um diagnóstico.

Critérios diagnósticos ou “sintomas”

Cinco (ou mais) dos seguintes sintomas devem estar presentes durante o mesmo período de duas semanas e representam uma mudança em relação ao funcionamento anterior; pelo menos um dos sintomas é (1) humor deprimido ou (2) perda de interesse ou prazer.

Dos critérios: 1) Humor deprimido na maior parte do dia, quase todos os dias (sente-se triste, vazio, sem esperança, choroso). Em crianças e adolescentes pode ser humor irritável. 2) Acentuada diminuição do interesse ou prazer em todas ou quase todas as atividades na maior parte do dia, quase todos os dias. 3) Perda ou ganho significativo de peso sem estar fazendo dieta ou redução ou aumento do apetite quase todos os dias. (Em crianças, considerar o insucesso em obter o ganho de peso esperado). 4) Insônia ou hipersonia quase todos os dias. 5) Agitação ou retardo psicomotor quase todos os dias. 6) Fadiga ou perda de energia quase todos os dias. 7) Sentimentos de inutilidade ou culpa excessiva ou inapropriada quase todos os dias. 8) Capacidade diminuída para pensar ou se concentrar, ou indecisão, quase todos os dias. 9) Pensamento recorrentes de morte (não somente medo de morrer), ideação suicida recorrente sem um plano específico, uma tentativa de suicídio ou plano específico para cometer suicídio.

Cuidado para não confundir “depressão” com o LUTO. Os critérios são parecidos, especialmente sendo respostas para perdas significativas. Cabe ao profissional da saúde fazer o exercício de julgamento clínico baseada na história do indivíduo e nas normas culturais.

Se você se identificou com algum destes critérios ou conhece alguém que possa se identificar, estamos aqui para te ajudar. A psicoterapia cognitivo-comportamental se mostrou ser o tratamento mais eficaz para esta condição que é uma das abordagens que apresentam mais evidências empíricas de eficácia no tratamento da depressão, quer oferecida de forma isolada ou em combinação com farmacoterapia.

Cuide da sua saúde mental, entre em contato conosco.


Texto por Stephanie Zakhour.

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